1. |
Pô, Nosferatu!
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Três da madruagada eu tava todo no avesso
Achando minha pobre vida muito menor que um inseto
Um inseto insignificante
Virado de conhaque, vomitado no asfalto
Ouvindo gargalhadas horripilantes, vozes...
Será que eu to pirando?
Eu vi o Nosferatu com os olhos vermelhos me puxando pelo cabelo:
“Vem cá, vou te levar daqui...”
“Mas pô, Nosferatu! Você vai me matar?”
“Não... cê já tá morto, baby!”
Eu tive acesso aos portões do submundo
E ele me convidou pra entrar
Pra beber mais uma dose
Pra beber mais uma dose
“Hm, esse drinke tá estranho, essa cor avermelhada
Sei lá, será que eu to bebendo sangue?”
“Mas é claro que você tá bebendo sangue,
você acha que isso aqui é o que?
Casa da vovó, leite com bolinho de chuva, rapaz?
Cê tá bebendo sangue de rato!”
“Mas Pô, Nosferatu, justo um rato, eu tenho um rato, é um bicho bondoso, simpático e muito bom companheiro!”
“Sai pra lá com esse papo verde de natureza:
Hippie, Shangri-la, Gandhi, maconha...
Isso é pura baboseira.”
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2. |
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E enquanto eu quero que mundo se exploda
Enquanto eu quero que o mundo se acabe
Seja em guerra ou na paz
Só o fim é o começo e bota um ponto
Tô num fogo cruzado
Entre macacos, deuses, astronautas, vida em Marte ou ficar aqui
Já tentei ser otimista e não consegui
Mas você bem sabe o quanto e como eu já te amei
Mas você, meu amor, bem sabe o quanto e como eu já te amei
Enquanto eu quero que o mundo se exploda
Enquanto eu peço pra que o dia se acabe
Seja em guerra ou na paz
Só o fim me interessa e é o que nos resta
Mas que inferno assombroso
A vida leva à sete palmos tudo o que você conquistou daqui
E grande bostar ser o que você sempre quis
Mas você bem sabe o quanto e como eu já te amei
Mas você, meu amor, bem sabe o quanto e como eu já te amei
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